terça-feira, 14 de agosto de 2012

Ventos de agosto...

Dança do Vento (Afonso Lopes Vieira)

O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia.
Baila, baila e rodopia
E tudo baila em redor.
E diz às flores, bailando:
- Bailai comigo, bailai!
E elas, curvadas, arfando,
Começam, débeis, bailando.

E suas folhas, tombando,
Uma se esfolha, outra cai.
E o vento as deixa, abalando,
- E lá vai!...

O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia,
Baila, baila e rodopia,
E tudo baila em redor.
E diz às altas ramadas:
Bailai comigo, bailai!
E elas sentem-se agarradas
Bailam no ar desgrenhadas,
Bailam com ele assustadas,
Já cansadas, suspirando;
E o vento as deixa, abalando,
E lá vai!...

O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia
Baila, baila e rodopia,
E tudo baila em redor!
E diz às folhas caídas:
Bailai comigo, bailai!
No quieto chão remexidas,
As folhas, por ele erguidas,
Pobres velhas ressequidas
E pendidas como um ai,
Bailam, doidas e chorando,
E o vento as deixa abalando
- E lá vai!

O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia,
Baila, baila e rodopia,
E tudo baila em redor!
E diz às ondas que rolam:
- Bailai comigo, bailai!
e as ondas no ar se empolam,
Em seus braços nus o enrolam,
E batalham,
E seus cabelos se espalham
Nas mãos do vento, flutuando
E o vento as deixa, abalando,
E lá vai!...

O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia,
Baila, baila e rodopia,
E tudo baila em redor!


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

The New York Times - "Uma escola do Vale do Silício que não computa"


The New York Times

Avaliação da escola digital
Uma escola do Vale do Silício que não computa
O ambiente sem computadores da escola Waldorf tem atraído
pais de companhias de alta tecnologia como Google

Por Matt Richtell
Publicado em 22/10/11

Tradução de Valdemar W. Setzer 
e revisão de Sonia A.L. Setzer [1]

LOS ALTOS, Califórnia. O diretor de tecnologia da empresa eBay manda suas crianças para uma escola com 9 salas de aula. O mesmo fazem funcionários de gigantes do Vale do Silício como Google, Apple, Yahoo e Hewlett-Packard. Mas as principais ferramentas educacionais dessa escola não têm nada de alta tecnologia: canetas e papel, agulhas de tricô e, de vez em quando, barro. Nenhum computador à vista. Não há nenhuma tela. Eles não são permitidos em classe, e a escola até mesmo vê com maus olhos se são usados nos lares.

Em todo o país [trata-se dos EUA], escolas têm se apressado em prover suas classes com computadores, e muitos dos que estabelecem as políticas educacionais dizem que é idiota agir de outra maneira. Mas o ponto de vista contrário pode ser encontrado no epicentro da economia tecnológica, onde alguns pais e educadores têm uma mensagem a dar: computadores e escolas não se misturam.

Trata-se da Waldorf School of the Peninsula [Escola Waldorf da Península], uma das aproximadamente 160 escolas Waldorf no país que seguem uma filosofia de ensino focada em atividade física e aprendizado por meio de tarefas criativas, com a mão na massa [2]. Os que apoiam esse enfoque dizem que os computadores inibem o pensamento criativo, o movimento, a interação humana e períodos de concentração.

O método Waldorf existe há quase um século, mas o fato de ele ter se firmado entre os técnicos do mundo digital coloca em nítida evidência um debate crescente sobre o papel dos computadores na educação.

"Basicamente, eu rejeito a noção de que apoios tecnológicos são necessários no ensino fundamental," disse Alan Eagle, de 50 anos, cuja filha, Andie, é uma das 196 alunas do ensino fundamental Waldorf, e seu filho, de 13 anos, está na 2ª parte da escola fundamental [6ª a 9ª séries na seriação oficial atual do Brasil]. "A ideia que um programa aplicativo em um iPad consegue ensinar melhor meus filhos a ler e a fazer aritmética é ridícula."

O Sr. Eagle conhece um bocado de tecnologia. Ele tem um bacharelado em ciência da computação da Universidade Dartmouth e trabalha na comunicação da alta administração no Google, onde ele tem escrito discursos para o presidente, Eric E. Schmidt. Ele usa um iPad e um Smartphone. Mas ele diz que sua filha, que cursa o 5º ano, "não sabe como usar o Google," e seu filho está justamente aprendendo isso. (Começando no 8º ano [3], a escola apoia o uso limitado dos aparelhos.)

Três quartos dos alunos daqui têm pais com uma forte ligação com a alta tecnologia. O Sr. Eagle, como outros pais, não vê nenhuma contradição. A tecnologia, diz ele, tem seu tempo e lugar. "Se eu trabalhasse na Miramax e fizesse bons filmes, artísticos, classificados como R [restritos para menores], eu não gostaria que meus filhos os vissem até que tivessem 17 anos."

Enquanto outras escolas na região trombeteiam sobre as suas classes conectadas em rede, a escola Waldorf adota uma visão antiga e simples – quadros negros com giz colorido, estantes com enciclopédias, carteiras de madeira cheias de cadernos de anotações e lápis Nº 2.

Numa 5ª feira recente, Andie Eagle e seus colegas de 5º ano [3] estavam treinando suas habilidades de tricotar, cruzando agulhas de madeira em torno de novelos de lã, produzindo um tecido [4]. É uma atividade que a escola diz ajudar a desenvolver a capacidade de resolver problemas, a elaboração de desenhos, as habilidades matemáticas e a coordenação [motora]. O objetivo a longo prazo: fazer meias [5].

Em outra classe uma professora treinava alunos do 3º ano [Waldorf] em multiplicação, dizendo-lhes para imaginarem seus corpos transformados em relâmpagos. Ela lhes propunha um problema aritmético – 4 vezes 5 – e, em uníssono, eles gritavam "20" e apontavam seus dedos para o número no quadro negro. Uma sala de calculadores humanos.

No 2º ano alunos em pé em círculo aprendiam habilidades com a linguagem, repetindo versos, após o professor, enquanto ao mesmo tempo brincavam de agarrar saquinhos com sementes [p.ex., com feijões]. É um exercício que tem a finalidade de sincronizar o corpo e o cérebro [do ponto de vista Waldorf, deveria ser mind, mente]. Aqui, como em outras classes, o dia pode começar com a recitação de um verso sobre Deus, refletindo uma ênfase não confessional no divino.

A professora de Andie, Cathy Waheed, que tinha sido uma engenheira de computação, tenta fazer o aprendizado tornar-se irresistível e tangível. No último ano ela ensinou frações fazendo os alunos cortarem pedaços de alimentos – maçãs, pizzas, bolos – em quartos, metades e 16-avos.

"Durante 3 semanas, nós nos alimentamos de frações," ela disse. "Quando eu fracionava um bolo em um número de pedaços suficiente para dar a todos, você pensa que eu não tinha prendido a atenção deles?"

Alguns especialistas em educação dizem que a onda de equipar as classes com computadores não é desejável pois não há estudos mostrando claramente que isso leva a um melhor rendimento em testes educacionais ou outros ganhos mensuráveis.

Será que aprender por meio de frações de bolo e tricotar é melhor? Os defensores da pedagogia Waldorf tornam a comparação difícil, em parte porque, sendo escolas privadas, elas não passam testes padronizados no ensino fundamental ["standardized tests" testes adotados nacionalmente nos EUA, nas escolas públicas]. E eles são os primeiros a admitir que seus alunos das primeiras séries talvez não se saiam tão bem em tais testes porque, dizem, eles não os treinam dentro de um currículo padrão de matemática e de língua pátria.

Quando inquirida sobre uma demonstração da efetividade das escolas, a Association of Waldorf Schools of North America [Associação Norte-americana de Escolas Waldorf] aponta para pesquisas de um grupo afiliado a ela, mostrando que 94% de alunos formados de ensinos médios Waldorf nos Estados Unidos entre 1994 e 2004 cursaram o ensino superior, sendo muitos em instituições de prestígio como Oberlin [Oberlin College], Berkley [The University of California at Berkeley] e Vassar [Vassar College]. [6]

Obviamente, esse número pode não ser surpreendente, dado que esses alunos vêm de famílias que dão um valor suficientemente elevado à educação para procurarem uma escola particular selecionada, e têm os meios para pagá-la [7]. Além disso, é difícil separar os efeitos de métodos de instrução de baixa tecnologia de outros fatores. Por exemplo, pais de alunos da escola de Los Altos dizem que ela atrai excelentes professores, que passam por treinamento intenso no método Waldorf, desenvolvendo um vigoroso senso de sua missão, que pode estar faltando em outras escolas.

Na falta de evidências claras, o debate reduz-se à subjetividade, à escolha dos pais e a uma diferença de opinião em torno de uma só palavra: envolvimento. Os defensores de se equipar escolas com tecnologia dizem que os computadores podem prender a atenção dos estudantes e que, de fato, jovens que ficaram sem aparelhos eletrônicos não se adaptarão [à sociedade] sem eles. [Essa frase usa "weaned", que significa "desmamar" (dos aparelhos), e "tune in", que significa "sintonizar" (sem eles).]

Ann Flynn, diretora de educação tecnológica da National School Boards Association [Associação Nacional de Diretorias de Escolas], que representa diretorias de escolas em todo o país, disse que os computadores são essenciais. "Se as escolas têm acesso aos aparelhos e têm recursos para isso, mas não os estão usando, estão enganando nossos filhos," disse a Sra. Flynn.

Paul Thomas, um ex-professor de escola e Professor Associado de educação na Universidade Furman, que escreveu 12 livros sobre métodos educacionais no ensino público, não concorda, dizendo que "parcimônia em relação à tecnologia em classe sempre beneficiará o aprendizado."

"Ensinar é uma experiência humana," ele disse. "Tecnologia é um elemento de distração quando necessitamos de alfabetização, aritmetização e pensamento crítico."

E pais Waldorf argumentam que um envolvimento real vem de excelentes professores com esquemas interessantes para as aulas.

"Envolvimento tem a ver com contato humano, o contato com o professor, o contato com os colegas," disse Pierre Laurent, 50, que trabalha numa nova empresa de alta tecnologia e antes trabalhou na Intel e na Microsoft. Ele tem 3 filhos em escolas Waldorf, que impressionaram tanto a família que sua esposa, Monica, passou a atuar em uma delas como professora em 2006.

E quando defensores de prover classes com tecnologia dizem que crianças necessitam tempo de [aprendizado com] computador para competir no mundo moderno, pais Waldorf rebatem com: qual é a pressa, dado que é fácil adquirir essas habilidades?

"É superfácil. É como aprender a usar pasta de dentes," disse o Sr. Eagle. "No Google e em todos esses lugares, nós fazemos a tecnologia tão pouco intelectualmente exigente quanto possível. Não há razão para que crianças não a aprendam quando ficarem mais velhas."

Há também muitos pais envolvidos com alta tecnologia em uma escola Waldorf em San Francisco, e logo ao norte dessa cidade na Escola Greenwood, em Mill Valley, que não é reconhecida oficialmente [pela Association of Waldorf Schools of North America], mas é inspirada pelos seus princípios [da pedagogia Waldorf].

A Californa tem cerca de 40 escolas Waldorf, dando-lhe uma fatia desproporcional [em relação aos outros estados] – talvez porque o movimento está se enraizando aqui, disse Lucy Wurtz que, junto com seu marido, Brad, ajudou a fundar o ensino médio da escola Waldorf de Los Altos em 2007. O Sr. Wurtz é presidente da Power Assure, que colabora com centros de processamento de dados no sentido de reduzir seu consumo de energia.

A experiência Waldorf não sai barata: a anuidade nas escolas do Vale do Silício é de US$ 17.550 (R$ 30.914,00, ao câmbio comercial de venda em 26/10/11), do jardim de infância até o 8º ano e US$ 24.440 (R$ 41.792,00) para o ensino médio, se bem que, segundo a Sra.Wurtz, há disponibilidade de auxílio financeiro. Ela diz que o pai Waldorf típico, que tem uma variedade de escolas públicas e particulares para escolher [7], tende a ser liberal e ter uma formação bem alta, com uma intensa visão sobre educação; ele também sabe que quando for a hora de ensinar tecnologia a seus filhos eles terão um amplo acesso e conhecimento dentro do lar.

Enquanto isso, os alunos dizem que eles não têm preferência por tecnologia, nem tampouco são totalmente alienados. Andie Eagle e seus colegas do 5º ano dizem que de vez em quando veem filmes. Uma garota, cujo pai trabalha como engenheiro na Apple, diz que ele às vezes pede a ela para testar alguns jogos eletrônicos que ele está depurando. Um garoto brinca com programas simuladores de voo nos fins de semana.

Os alunos dizem que eles ficam frustrados quando seus pais e parentes ficam muito envolvidos com telefones e outros aparelhos. Aurad Kamkar, de 11 anos, disse que foi recentemente visitar primos e ficou sentado com 5 deles jogando com seus aparelhos, sem prestar atenção a ele ou a cada um dos outros. Ele começou a acenar com seus braços para eles: "Eu disse: ‘Oi, gente, eu estou aqui.’ "

Finn Heilig, de 10 anos, cujo pai trabalha no Google, diz que ele gostou de aprender com caneta e papel – em lugar de usar um computador – porque ele podia controlar seu progresso ao longo dos anos.

"Você pode olhar para trás e ver como sua escrita era bagunçada no 1º ano. Com computadores você não consegue fazer isso, pois nele todas as letras saem do mesmo jeito," disse Finn. "Além disso, se você aprende a escrever no papel, ainda pode continuar a escrever se cai água no computador ou se acaba a energia elétrica."
[1] Notas do tradutor aparecem no texto entre colchetes. O alinhamento horizontal entre os parágrafos em inglês e na tradução funciona para uma 'janela' de 33,3 cm de largura no navegador Firefox 7.0.1, podendo desalinhar em outros tamanhos de 'janela' e em outros navegadores.
Curiosamente, na época desta tradução 2 netos do tradutor e da revisora, de 15 e 12 anos, estão cursando, por um semestre, a escola Waldorf em Los Altos mencionada no artigo. Eles já a cursaram 5 anos atrás, também por um semestre, e fizeram questão de voltar para ela nessa nova estadia nos Estados Unidos.

[2] No Brasil há 25 escolas Waldorf com ensino fundamental, eventualmente também com o ensino médio, e há ainda dezenas de jardins de infância fora dessas escolas. Para listas dessas escolas e jardins, ver os diretórios de pedagogia Waldorf na América Latina e o de jardins de infância Waldorf no Brasil. Uma visita a uma escola ou a um jardim Waldorf é altamente recomendável, para se ter uma ideia da realidade da pedagogia e verificar como uma pedagogia alternativa pode ter sucesso, educando crianças sem pressão e traumas, pois não há notas e repetições de ano, e onde o ensino artístico e artesanal é intenso durante toda a escolaridade. Cada escola Waldorf é independente, isto é, não existe uma orientação rígida unificada, nem no Brasil, nem no mundo, e tem mesmo a obrigação de adaptar adequadamente o currículo ao local e ao tempo, sempre respeitando a maturidade global das crianças. Há uma Federação das Escolas Waldorf no Brasil, que certifica cada escola ou jardim como seguindo os princípios básicos da pedagogia Waldorf.

[3] A seriação das escolas Waldorf no mundo inteiro é a seguinte: 1º ao 8º anos de ensino fundamental e 9º ao 12º anos do ensino médio. (Usamos a denominação "ano" para o ensino Waldorf e "série" para o ensino tradicional.) Essa é também a seriação tradicional européia e americana fora das escolas Waldorf. Nestas últimas, em geral a criança entra no 1º ano entre 6 ½ e 7 anos de idade; crianças de idades limítrofes são examinadas lúdica e qualitativamente para avaliação da maturidade. A alfabetização é muito lenta, e começa apenas no 1º ano – jamais no jardim de infância, o que seria considerado altamente prejudicial ao desenvolvimento harmônico das crianças. O jardim de infância é considerado uma extensão do lar, e não é chamado de "educação infantil" pois nele não existe ensino formal.

[4] Na pedagogia Waldorf, alunos e alunas fazem todos os mesmos trabalhos manuais, sempre com alguma utilidade prática, independente do material usado.

[5] Meias de lã; no currículo Waldorf padrão, os alunos dos 5os anos tricotam uma meia com 5 agulhas, sem costura.

[6] Ver também a pesquisa de Wanda Ribeiro e Juan Pablo, feita com ex-alunos da Escola Waldorf Rudolf Steiner de São Paulo, "Sete mitos da inserção social do ex-aluno Waldorf"

[7] No Brasil, as escolas Waldorf não custam em geral mais do que as boas escolas particulares, apesar de oferecerem muito mais em termos de ensino e, contando a escola como um todo, terem bem menos alunos por professor. Consegue-se isso pois nenhuma escola Waldorf tem fins lucrativos: pertence a uma associação filantrópica de pais, mestres e amigos. Em termos americanos de custo dessas escolas, é preciso também considerar que, em geral, as escolas públicas americanas são bastante boas do ponto de vista de formação intelectual e até geral; por exemplo, é tradição por lá que cada escola pública tenha uma banda sinfônica, bem como excelentes meios para aulas de educação física. Assim, nos EUA, pais que colocam seus filhos em escolas Waldorf realmente fazem um grande sacrifício financeiro e, portanto, reconhecem que a pedagogia Waldorf representa aquilo que mais se aproxima de seu ideal pedagógico. Entre nós, dada a triste situação atual do ensino estatal, não só do ponto de vista educacional, mas também do ambiente entre os alunos, poucos pais com um certo nível cultural e com posses suficientes teriam coragem de colocar seus filhos em escolas públicas nos ensino fundamental e médio, a menos de honrosas exceções. É preciso adicionar que há no Brasil escolas Waldorf comunitárias, como a Escola Rural Dendê da Serra, em Uruçuca, Serra Grande, BA (perto de Itacaré) e também a Escola Comunitária Municipal do Vale de Luz, Nova Frigurgo, RJ. Na Alemanha, onde há dezenas e dezenas de escolas Waldorf, estas são em geral subsidiadas pelos governos estaduais, por se reconhecer o serviço educacional que elas prestam à população e, também, por constituírem praticamente a única alternativa ao ensino estatal, dando-se assim uma chance de escolha pedagógica para os pais; nesses casos os pais pagam uma mensalidade relativamente baixa. Segundo a UNESCO, a pedagogia Waldorf é o único movimento pedagógico coerente em âmbito mundial.

Última revisão: 21/11/11

Artigo extraído em http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/NYT-Waldorf-Peninsula.htm , no dia 06 de agosto de 2012.